domingo, 29 de abril de 2012



A seleção brasileira da Copa de 1970 e a ditadura militar

Momento histórico marcou consolidação de um regime e de uma entidade que rege o futebol no país até hoje

Na Copa do mundo de 1970, a música tema dos jogos do Brasil, que emocionou um país, fazendo os cidadãos sentirem na pele uma sensação de nacionalismo com a esperança de que um dia o Brasil vai dar certo, "Pra frente Brasil" nos conduz a imaginar que a nação está trilhando no caminho certo e que os governantes (da época), nada mais queriam do que nos "salvar" dos riscos que corríamos com os "comunistas malvados" que aprontavam uma enorme baderna sem um motivo aparente só para atingir a moral e os bons costumes ditados pela sociedade elitista da época.
A música é bem clara quanto ao apelo do governo militar de que a população deveria se unir para seguir em frente e não deixar quebrar a corrente: "noventa milhões em ação... É aquela corrente pra frente... Parece que todo Brasil deu a mão...", fazendo uma analogia dos jogos da seleção nacional de futebol no mundial do México com a luta do governo contra a "ameaça vermelha" citada acima.

Vamos aos fatos históricos:

No torneio sul-americano das eliminatórias do mesmo mundial, no ano de 1969, João Saldanha era o técnico da esquadra canarinho e classifica o Brasil, com Pelé em campo, para o torneio máximo do futebol mundial organizado pela Fifa. Saldanha montou a base dos melhores jogadores brasileiros, preparados e organizados para que a seleção brasileira trouxesse a posse definitiva da taça Jules Rimet.
A situação política no país era tensa e no mesmo ano da disputa das eliminatórias foi instituído o AI5 (Ato Institucional número 5), um ato autoritário imposto pelo então presidente da República Arthur da Costa e Silva, que praticamente sufocava por completo os direitos de livre expressão do cidadão e que prometia uma verdadeira "caça às bruxas" contra aqueles que eram contrários ao governo militar e seus propósitos, coibindo por completo as ações dos movimentos sociais.
O general Costa e Silva afastou-se do governo por problemas de saúde e em 30 de outubro de 1969 assume Emílio Garrastazu Médice, que era entusiasta do futebol e entendia muito bem como aproveitar a paixão nacional pelo esporte para fazer a propaganda pró-ditadura, provocando, inclusive, a saída do técnico João Saldanha (que nutria uma grande simpatia aos movimentos de esquerda e há quem diga de uma estreita ligação dele com o PCB), exigindo a convocação de Dario, o Dadá Maravilha.
Com personalidade forte, o comandante da seleção afirmou que o presidente deveria se preocupar em escalar o ministério e que o time que iria para Copa do Mundo era preocupação da comissão técnica, custando, assim, seu cargo frente à CBD (atual CBF). Quem foi chamado para assumir a vaga foi Zagallo, que havia sido campeão da Copa como jogador em 1958 e 1962, vindo conquistar o título de 1994, no mundial dos EUA, como auxiliar técnico.
O Brasil vivia período de incertezas políticas e os ânimos precisavam ser acalmados. Para isso, Médice usou uma tática dos imperadores romanos para que se esquecesse do período turbulento dos anos de chumbo: a política do "pão e circo". A CBD recebeu todo o respaldo governista para que o time fosse comparado com o próprio país, ficando a imagem de que se o Brasil desse certo no futebol, também daria certo no regime proposto pelos militares até então, mostrando que a ditadura não era tão ruim quanto se mostrava (na visão da propaganda militar).
O Brasil tinha em seu elenco o melhor jogador de todos os tempos (menos para os argentinos, que elegeram Maradona.), que foi aclamado rei: Pelé era o modelo ideal de atleta e disciplina o qual se pregava na ditadura. Era o principal jogador do elenco e todas as atenções estavam voltadas para ele, mostrando não só sua habilidade técnica, mas também sua postura de um verdadeiro cidadão brasileiro (para os padrões da propaganda proposta) disposto a defender a causa nacional a qual lhe foi imposta, sendo submisso a um propósito maior: todos em defesa do Brasil contra os subversivos que ameaçavam a ordem nacional.
Enfim, a ditadura mostrava a que veio e utilizou do artifício do esporte, sobretudo o futebol, para aplicar sua ideologia do milagre brasileiro.
O Brasil saiu vitorioso, conquistando em definitivo a taça Jules Rimet, fortalecendo ditadura e CBD, mostrando que a proposta imposta pelo braço de ferro dos militares brasileiros, de certa forma, penduraria por mais algum tempo, precisamente mais 14 anos, onde muitos brasileiros e o país, como um todo, pagaram muito caro, colhendo, até hoje, o fruto das sequelas deixadas pelos militares e pensamentos como: "O Brasil só dá certo no futebol...".

Por: Caroline Costa

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Futebol e ditadura

Por: Danda Brites




Achei bem interessante este vídeo porque fala da relação da ditadura com o futebol.Achei que em alguns pontos ele poderia ter se aprofundado mais, mas não deixa de ser um acréscimo para nossa sabedoria.
http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2010/06/professor-explica-influencia-do-futebol-na-ditatura.html

A contribuição dos megaeventos para os países-sede

Por:Danda Brites

" Os megaeventos esportivos mundiais, que passaram a integrar a agenda de grande parte dos governos ao redor do mundo,constituem-se em elementos catalisadores de oportunidades  tanto para empresas quanto para investidores ao influenciar diretamente o desempenho econômico, político e social de um país "


Esse trecho retirado de um artigo publicado pela empresa Deloitte com o apoio do IBRI(Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) chamado "Brasil, bola da vez", fala especialmente da relação dos megaeventos esportivos com o desenvolvimento de um país. O texto mostra com dados de pesquisa numéricos, que o esporte muda todo o panorama de um país, obrigando o governo a se empenhar em alguns setores que antes não eram percebidos dando exemplos como a Alemanha que entre 2003 e 2010 teve o acréscimo no PIB de 8 bi de Euros e gerou 50 mil novos empregos em função da Copa de 2006  e  a África do sul que teve um impacto social,mostrando a capacidade da África.

domingo, 1 de abril de 2012

Etiópia : Um país de superação e grandes campeões.


 Por :Kerindê Hilário





A Etiópia ,oficialmente chamada de República Federal Democrática da Etiópia é a segunda nação mais populosa da África.Com uma história de muitas guerras  políticas, religiosas e étnicas, internas e externas e principalmente o imperialismo europeu sobre as nações africanas, tornou-se um país pobre com sérios problemas em sua estrutura.


Atualmente o esporte tem destacado a Etiópia, principalmente no atletismo.Bekoji, uma cidade de 15 mil habitantes que fica no estado de Oromia, no centro do país, foi visitada na reportagem acima por ser um  celeiro de grandes atletas.Para formação e desenvolvimento desses "grandes campeões" é preciso minimamente de uma pequena estrutura  e nesse ponto aparece o grande problema não apenas Etíope, mas como de toda a áfrica.

Fome,miséria , pobreza e uma expectativa de vida baixíssima de apenas 50 anos são os verdadeiros adversários desses esportistas. A cidade de Bekoji já revelou 22 medalhistas mundias e olímpicos como a atleta Tirunesh Dibaba que hoje mudou-se para capital Adis Adeba justamente a procura de uma melhor estrutura.Interessante é como os técnicos incentivam esses jovens não apenas a treinar , mas também  a estudar  para a formação acadêmica desses jovens e logo diminuir as taxas de analfabetismo que são altas na região. 

Além de virarem grandes estrelas do esporte , os grandes atletas desenvolvidos na Etiópia saem da miséria e passam a ter uma excelente condição de vida , assim como seus familiares.Isso demonstra o quanto o esporte ajuda no desenvolvimento econômico desse povo que já fora muito rico e próspero.


UM LINK ABAIXO DE ALGUMAS CURIOSIDADES E UM POUCO DA HISTÓRIA DO PAÍS.