Para tanto se devem analisar os investimentos públicos realizados durante o pré-evento e mesmo durante o evento.
A Copa de 2014 é a oportunidade para o país dar um salto de modernização e apresentar não só sua capacidade de organização, como também força econômica para captar investimentos e os muitos atrativos que podem transformar o país em um dos mais importantes destinos turísticos do mundo a partir de um futuro próximo. Capaz de gerar lucros para setores direta ou indiretamente envolvidos, o evento traz visibilidade ao país.
Os fatos estilizados do passado mostram que, no ano do evento, o PIB cresce
menos do que nos anos anteriores, em função de fatores como: redução do
ritmo de investimentos associados ao evento; redução do número de horas
trabalhadas pela população em geral durante o período da Copa; e uma
redução do influxo de turistas não aqueles que vêm para presenciar o evento,
mas os demais, afastados pelos preços mais elevados de passagem/hospedagem
praticados no ano do evento. Não obstante, nos anos seguintes o crescimento do
PIB nos países que sediaram a Copa do Mundo voltou a acelerar, avançando em um
ritmo maior do que o observado antes da realização do evento.
Os principais casos de sucesso de países que sediaram eventos esportivos são Barcelona-92 e Sydney-2000. Os elementos cruciais desse sucesso foram o planejamento prévio para
reduzir a construção de obras a, a custo significativamente
mais elevado; Investimentos muito mais focados em infra-estrutura urbana do que
desportiva; Revitalização de áreas urbanas degradadas; e promoção
turística do país no exterior, ou seja, esses eventos foram utilizados
como um meio de transformar essas cidades e não foram vistos como um fim em si.
Certo é que a economia do país passará por um efeito alavanca, em que todas
as áreas terão ganhos. As cidades que sediarão os jogos serão as primeiras
beneficiadas com grandes projetos de infra-estrutura, como a preparação dos
estádios, ora recuperando os já existentes, ou pela construção de novos
prédios, além da reformulação do sistema de transporte público, melhoria no
sistema de segurança e até mesmo na movimentação da iniciativa privada na
infra-estrutura de turismo, com a construção de novos hotéis, restaurantes, o
que inevitavelmente acarretará a geração de empregos em diversos setores da
economia.
Por: Lívia Valladares